Celulose e papéis para usos sanitários
A pandemia de Covid 19 nos lembrou, da maneira mais dramática, a importância dos hábitos de
higiene para a saúde individual e coletiva. Uma atitude simples, como lavar as mãos
regularmente, tornou-se uma das principais estratégias para salvar vidas. Todos temos aprendido
a maneira correta de fazê-lo, de modo a garantir a eliminação quase total dos micróbios.
Mas lavar bem as mãos ainda não é suficiente. O método de secá-las após a lavagem também é
muito importante. Estudos científicos demonstram que o uso de toalhas de papel descartáveis é
a melhor opção em termos de higiene e que os secadores de ar quente não são tão eficazes na
remoção de micróbios que porventura possam ter restado nas mãos após a lavagem. Outras
pesquisas mostram que secadores de ar quente dispersam microrganismos no ambiente.
Muitos outros produtos de higiene vêm da celulose ou utilizam essa matéria-prima
parcialmente: papel higiênico, lenços de papel, absorventes íntimos e fraldas descartáveis, por
exemplo. Até na área da saúde, a celulose está presente. Ela é matéria-prima para a fabricação
de máscaras cirúrgicas, roupas e colchões. Alguns desses itens nem são classificados como
papel, mas todos têm, em comum, a origem renovável. E não podemos esquecer das embalagens
e bulas de remédios.
Não é possível viver sem a maioria desses produtos. A boa notícia é que a celulose produzida no
Brasil,e usada para todos esses fins, vem de fonte renovável – árvores cultivadas.Infelizmente,
esses materiais sanitários normalmente não podem ser reciclados. Se forem potencialmente
perigosos, como é o caso de materiais hospitalares, devem ser destinados de forma segura. Se
não, acabam indo para os aterros sanitários onde, por serem biodegradáveis, em poucos meses
se transformarão em substâncias não tóxicas e assimiláveis pelo meio ambiente. No aterro
sanitário essa degradação é controlada, de modo a produzir o menor impacto ambiental possível.
As fraldas descartáveis são uma questão à parte. Além da celulose, elas são constituídas de
vários outros materiais, principalmente plásticos, que não se decompõem com a mesma
facilidade. É um problema para o qual se busca uma solução economicamente viável. Na
Europa já existem algumas usinas para reciclagem de fraldas. Após um processamento que
inclui sua lavagem, elas se tornam matéria-prima para a produção de outros objetos, como
telhas, por exemplo. No Brasil, a empresa de reciclagem Boomera desenvolveu uma tecnologia
de reciclagem de fraldas que está em operação desde 2017. Enquanto isso, alguns fabricantes
vêm investindo no projeto de fraldas totalmente biodegradáveis, com o uso de bioplásticos, que
podem se decompor em poucos anos, ao invés de séculos.
Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada na Europa em 2008 por
membros das indústrias de base florestal, celulose, papel, cartão e comunicação impressa. Two
Sides, a mais importante iniciativa do setor, promove a produção e o uso conscientes do papel,
da impressão e das embalagens de papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre os
impactos ambientais da utilização desses recursos. Papel, papelcartão e papelão são
provenientes de florestas cultivadas e gerenciadas de forma sustentável. Além disso, são
recicláveis e biodegradáveis.
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